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Pan de Santiago faz festa simples mas empolga público na abertura dos Jogos
No mesmo palco do bicampeonato mundial de futebol do Brasil, em 1962, e também de prisões e torturas realizadas durante a ditadura, há 50 anos, os chilenos realizaram uma bela festa para abrir os primeiros Jogos de sua história
Uma cerimônia simples mas empolgante. Com aplausos e mais aplausos. Enfim, chilenos e chilenas puderam abrir o que chamam de "evento esportivo mais importante da história do Chile". A festa no "Sul do Mundo", como definiu o ministro do esporte do país, Jaime Pizarro, foi mais tradicional e menos tecnológica. Um aperitivo do que deve ser a 19ª edição do Pan: menos grandiosa e mais ligada ao povo.
Os próprios atletas chilenos chegaram ao Estádio Nacional, para a cerimônia de abertura, de metrô, cantando da Vila Pan-Americana ao parque que vai receber grande parte das competições destes Jogos. No país que tem apenas duas medalhas de ouro olímpicas na história (dos tenistas Nicolas Massú e Fernando Gonzalez, em Atenas 2004), o ginasta Tomas Gonzalez (4º lugar em Londres 2012) foi um dos atletas ovacionados na noite.
Os campeões olímpicos Massú e Gonzalez foram os últimos a carregar a tocha olímpica antes de Lucy Lópes, primeira chilena medalhista pan-americana (1951) e hoje voluntária dos Jogos, acender a pira no centro do estádio, aos 93 anos de idade, junto com os astros do esporte chileno. Simbolismos. O Pan de Santiago começou se apoiando neles.
BRASIL
No estádio em que o Brasil ganhou sua segunda Copa do Mundo de futebol, a brasilidade surgiu meia hora antes da cerimônia começar. Ao som de "Ou dá ou desce", do grupo Boquinha da Garrafa, o público começou a dançar freneticamente em um requebrado digno de Garrinha naquele Mundial de 1962.
Cerca de uma hora depois, a tenista Luisa Stefani e o nadador Fernando Scheffer entraram juntos, segurando a bandeira brasileira, à frente da delegação que contou com cerca de 150 pessoas, entre atletas e oficiais, no desfile, uma das maiores da festa desta sexta-feira, atrás apenas dos Estados Unidos, México e, claro, do Chile. Nas arquibancadas, bandeiras brasileiras --assim como de Cuba, Colômbia entre outros-- e muitos aplausos para todos os países (com destaque para a Venezuela). E não houve vaias. Ao todo, mais de 4 mil atletas passaram pelo desfile das delegações.