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Na mira de europeus, Marcos Leonardo impõe condições para deixar o Santos
Joia do Santos tem interesse em se transferir para Europa na próxima janela, mas prioriza a seleção brasileira e quer manter o protagonismo que possui no Peixe
Marcos Leonardo é um dos alvos do mercado europeu na próxima janela de transferências. Aos 20 anos, a joia do Santos vem sendo sondada por alguns clubes e, antes de abrir qualquer negociação com os interessados, tem deixado claro seus objetivos: jogar a Olimpíada de Paris em 2024 e ser colocado em um projeto esportivo de longo prazo.
Ao longo dos últimos meses, além da oferta da italiana Roma que quase o fez deixar o clube da Vila Belmiro em agosto, o jogador foi sondado por Real Madrid, Newcastle e Arsenal. Outros clubes da elite europeia também monitoram a situação do garoto santista e aguardam a abertura da janela para apresentarem uma proposta formal.
Nessas conversas preliminares, o atacante, via seus representantes, tem sido enfático no desejo de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. A competição não está contemplada nas Datas-Fifa e, portanto, os clubes não são obrigados a liberar os atletas para o evento na França.
Disputar o torneio de futebol na Olimpíada é algo que o jogador não abre mão - desde que, evidentemente, seja convocado pelo técnico Ramon Menezes.
Um projeto de longo prazo também é posto como prioridade. Por estar em alta no aquecido mercado europeu, o menino da Vila se dá ao luxo de não se preocupar apenas com os valores envolvidos na transação, mas também com a condução de sua carreira no futuro.
Sua ambição é disputar uma Copa do Mundo com a seleção brasileira e, por isso, entende que precisa se transferir para um clube de grande projeção no cenário internacional, que lhe ofereça as condições e os desafios necessários para se manter no radar do técnico Fernando Diniz.
Herança de Rueda e futuro incerto
Embora as conversas sigam a todo vapor, o atacante ainda não tem a convicção de que será negociado em janeiro do ano que vem.
Isso porque os contatos com os europeus - pelo menos neste momento - não passam de sondagens informais. Na mesa do Santos, detentor de 70% dos direitos do atacante, ainda não chegou nada.
Outro ponto de atenção é a troca de comando no Peixe. No dia 9 de dezembro, o clube passará por uma eleição e um novo presidente será eleito. Há a possibilidade de que o novo chefe adote uma postura mais cautelosa no mercado e dificulte uma saída.
A rigidez da direção, inclusive, já foi motivo de faíscas entre o jogador e o atual presidente Andres Rueda.
Em agosto, quando a Roma apresentou uma proposta que poderia chegar a até 18 milhões de euros (R$ 96,6 milhões na cotação da época), o cartola bateu o pé e segurou o jogador no elenco (o atacante chegou a ficar fora de alguns jogos) em meio à luta do Santos pela permanência na Série A.
No acordo pela permanência, Rueda se comprometeu a não dificultar um novo negócio, desde que a oferta mínima fosse de 18 milhões de euros.
Uma nova reviravolta nos bastidores segue como uma preocupação. Afinal, o contrato do garoto com o Peixe é válido até o dia 31 de dezembro de 2026, e o futuro político do clube é uma incógnita.
