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Em casa, Mayke troca a Europa por sonho de chegar à Seleção e se aposentar no Palmeiras

Lateral assinou renovação e pode completar nove anos no Verdão. Com 11 títulos conquistados, ele diz se inspirar no amigo Dudu, maior campeão da história junto de Ademir da Guia

24/01/2024 ás 09:16:00

Fonte: Por Edgar Alencar e Thiago Ferri — São Paulo

Mayke acertou na última sexta-feira a renovação de seu contrato com o Palmeiras até o fim de 2025. O lateral-direito vai bater nove temporadas com a camisa do Verdão e aos 31 anos não fala em jogar na Europa como grande sonho. Ele se diz em casa no Verdão, quer chegar na seleção brasileira e até se aposentar no clube.

– O meu pensamento desde novo era de jogar em poucos clubes e até aqui joguei em dois (Cruzeiro e Palmeiras). Quando era mais novo, pensava mais em Europa. Mas tenho 31 anos, cheguei no Palmeiras, um clube que me abraçou de tal maneira, minha família gostou muito de São Paulo – contou, ao ge.

– Penso em chegar na seleção pelo Palmeiras e se for possível aposentar aqui, fazer mais história no Palmeiras. Primeiro pensar aqui e depois seleção. Europa acho mais difícil. Se chegar uma oportunidade, todo jogador sonha. Mas meu pensamento agora é Palmeiras – completou.

Desde 2017 no Verdão, Mayke tem 259 jogos e 11 títulos: duas Libertadores, três Brasileiros, três Paulistas, uma Copa do Brasil, uma Supercopa e uma Recopa Sul-Americana.

Junto de Weverton, Gustavo Gómez, Marcos Rocha, Lima e Waldemar Fiúme, o camisa 12 está na segunda posição do ranking de maiores campeões da história. Apenas Ademir da Guia, Junqueira e Dudu tem mais, com 12 cada um.

O camisa 7 é um dos melhores amigos de Mayke no Palmeiras e visto como um exemplo. Desde 2015 vinculado ao clube, o atacante costuma ter conversas com o lateral sobre os feitos que eles têm atingido com uma longevidade rara no futebol brasileiro.

– Desde que cheguei aqui criei uma amizade muito grande com o Dudu e a família, também. Somos irmãos mesmo. Eu me espelho muito, um ídolo para mim e todos os torcedores. A gente às vezes conversa sobre, mas não temos dimensão de tão grande a história que estamos construindo juntos e que vamos deixar no Palmeiras – ponderou.

– É um legado que vai ficar depois que sairmos. Lá na frente, meus filhos, meus netos vão poder ver a história que o pai construiu com todos os companheiros.

A temporada de 2023 foi a com melhores números para Mayke, com mais jogos (58) e mais participações para gol (dez, com dois marcados e oito assistências).

Com Abel Ferreira, ele não joga apenas como lateral e faz também a ponta. O técnico já o avisou que manterá esta ideia em 2024.

– É importante fazer mais de uma função. Ajudo não só o Abel, mas toda a equipe. Eu procuro dar meu melhor, entrar em campo e fazer o que mais faço, que é correr (risos). Às vezes não dá na técnica e vai na raça.

– Aqui tem muitos jogadores com muito tempo de clube, nos conhecemos muito bem e fica mais fácil. O professor Abel até faz um trabalhinho em que todos passam por todas as funções, só goleiro que não (risos). Todo mundo faz um pouco. Um ajuda o outro para dar certo no fim para conseguir chegar nos objetivos – completou.

Na estreia do Paulistão, contra o Novorizontino, Abel escalou o Palmeiras com Marcos Rocha mais preso na defesa, e Mayke como um ala. Ele deve repetir a estratégia nesta quarta-feira, quando o Verdão recebe a Inter de Limeira, às 21h35 (de Brasília), no Allianz Parque, pela segunda rodada do Estadual.