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Informações de Ciclone de San Clemente rouba a cena do Mundial da WSL; veja quem são

Ciclone de San Clemente rouba a cena do Mundial da WSL; veja quem são

Trio californiano está entre os dez primeiros do ranking mundial: o líder Griffin Colapinto, vice em Bells, e os estreantes Cole Houshmand, campeão da etapa australiana, e Crosby Colapinto

09/04/2024 ás 13:35:00

Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Há dez anos, o mundo conheceu o "Brazilian Storm", a tempestade brasileira que chegou para dominar tudo no Circuito Mundial de Surfe. Essa união rendeu sete títulos mundiais em nove temporadas para o Brasil. Na atual temporada, no entanto, os surfistas americanos voltaram a ocupar os holofotes da WSL, enquanto os brasileiros perderam força.

O sportv, o ge e o globoplay transmitem a etapa de Margaret River, na Austrália, a partir desta quarta, com chamada prevista para 20h30.

O líder do ranking Griffin Colapinto, vice-campeão em Bells, e os estreantes Cole Houshmand, campeão da etapa australiana, e Crosby, irmão de Colapinto, estão entre os dez primeiros do ranking. Os três cresceram na mesma cidade e são os "líderes" da nova união do circuito.

Antes da soberania do Brasil no Circuito Mundial de Surfe, os americanos - incluindo os nascidos no Havaí - e australianos eram os caras a serem batidos. Kelly Slater, Andy Irons, Mick Fanning e Joel Parkinson são apenas alguns dos campeões mundiais da antiga ASP, atual WSL.

Com a chegada de Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo, os americanos perderam força na briga por títulos - apenas John John Florence (havaiano) conseguiu furar essa bolha sendo campeão duas vezes (2016 e 2017). Nesta temporada, porém, parece que os meninos de San Clemente estão recuperando a fama com resultados expressivos como os títulos em Portugal (Griffin Colapinto) e Bells Beach (Cole Houshmand).

 

Ciclone de San Clemente

 

Griffin Colapinto, apesar de ter 25 anos, é o mais veterano dos três que fazem parte do tour esse ano. Ele está na elite do surfe desde 2018 e conquistou quatro etapas durante esse período: Portugal (2022 e 2024), El Salvador (2022) e Surf Ranch (2023). Terminou a temporada 2023 na terceira colocação ao perder para o australiano Ethan Ewing no Finals. O americano, que é o atual número um do mundo, vem dando trabalho para os brasileiros nas últimas temporadas e é um forte candidato ao título mundial nessa temporada.

Neste ano, alguns surfistas de San Clemente se juntaram à elite do surfe para fazer companhia a Griffin. Cole Houshmand e Crosby Colapinto, irmão do Griffin, estrearam no circuito principal e já estão chamando atenção com boas performances. Ainda há outro surfista da cidade americana que estreou no CT. Kade Matson foi o único que ainda não conquistou bons resultados nas etapas. Ele está em 23º lugar do ranking, com chances de cair no corte no meio da temporada.

Todos os quatro competem juntos desde criança, são melhores amigos e são sempre vistos juntos fora da água. Cole Houshmand, inclusive, publicou uma mensagem de agradecimento a Griffin Colapinto depois de disputarem a final em Bells Beach. O novato venceu o veterano e conquistou sua primeira etapa da elite.

- Eu aprendi muito com você dentro da água e ainda mais fora da água. Em como ser um bom amigo, mentor, líder, humano, atleta, e mais. Obrigado, Griff. Te amo como um irmão - comentou Cole Houshmand nas redes sociais.

Cole não começou o ano com bons resultados, mas reverteu a situação ao vencer Bells Beach, uma das competições mais emblemáticas da história do surfe. Atualmente em oitavo lugar no ranking, ele tem grandes chances de ganhar o troféu de "Rookie of the Year", ou na tradução livre, "Novato do Ano" no fim da temporada.

O próprio irmão do Griffin ainda não venceu uma etapa, mas garantiu bons resultados em suas etapas na elite. Crosby chegou às oitavas de final em Bells e Pipeline, e à semifinal em Portugal. O mais novo dos irmãos Colapinto, atual nono colocado do ranking, foi responsável pela eliminação de alguns brasileiros ao longo das competições. Eliminou o tricampeão mundial Gabriel Medina em Pipeline e Miguel Pupo em Bells Beach, todos no round 3.

 

Drama do corte preocupa brasileiros

 

Agora, os surfistas da elite se preparam para a quinta etapa da WSL, em Margaret River, na Austrália. Depois deste campeonato, somente os 22 melhores vão continuar até o fim da temporada. O resto vai cair para o Qualifying Series. No feminino, apenas 10 continuam no circuito principal. Dos quatro competidores de San Clemente, apenas Kade Matson corre risco de cair no corte.

A situação complica mais para o "Brazilian Storm". Gabriel Medina, atualmente em 20º lugar, e Italo Ferreira, em 18º, estão ameaçados e precisam de bons resultados nesta última etapa para se manterem no circuito até o fim da temporada. Samuel Pupo, Miguel Pupo, Caio Ibelli e Deivid Silva estão ainda mais abaixo na tabela e vão para o tudo ou nada em Margaret. Yago Dora, em 16º, é o único com uma situação menos preocupante, mas, mesmo assim, não está salvo. A quinta etapa do circuito começa nesta quarta-feira.

Além dos resultados ruins dos brasileiros no circuito, há dois desfalques importantes no time nesta temporada: o atual bicampeão mundial Filipe Toledo, que abandonou o Circuito Mundial de Surfe para cuidar da saúde mental depois da primeira etapa em Pipeline e João Chianca, que sofreu um acidente no Havaí e está fora da elite por tempo indeterminado.