Informações de Carille diz que Santos não merecia vencer e cita titulares desgastados: "Otero está com dor"
Carille diz que Santos não merecia vencer e cita titulares desgastados: "Otero está com dor"
Técnico conta que João Schmidt passou mal após vitória sobre o Corinthians; neste domingo, o Peixe teve mudanças no time titular e empatou com o Mirassol
O Santos não merecia a vitória sobre o Mirassol, segundo o técnico Fábio Carille, após o empate em 2 a 2 fora de casa, pela sétima rodada do Campeonato Paulista. A avaliação feita pelo técnico passa pelo fato de ter visto seu time desconcentrar em momentos do jogo e por seus titulares estarem bastante desgastados, como é o caso de João Schmidt e Otero.
– Não foi feita avaliação nenhuma. O João chegou com 4 kg a menos, não passou tão bem depois do jogo do Corinthians. Tivemos cuidado para não deixar ele muito em campo e estar mais propício a uma lesão. Otero está reclamando de uma dor atrás do joelho. Estamos com medo que aumente. Por isso resolvemos segurar um pouco esses jogadores. Sobre os gols tomados, não vi ainda por vídeo e aqui não temos uma visão legal para ter ideia do que aconteceu. A verdade é uma só. A gente não mereceu ganhar o jogo. Foi isso que falei pros atletas.
– Não sei se vem da intensidade dos jogos. Contra Guarani e Corinthians foi alto. Uma hora poderia pesar. Depois vamos analisar se foi um problema. Achei um time desconcentrado, rodando a bola com lentidão e facilitou o bom jogo do Mirassol. Não merecíamos a vitória. Comemoramos 1 ponto e seguimos a caminhada – disse Carille, citando o clássico da rodada passada.
A fala de Carille coloca em xeque a escalação para a próxima rodada: um clássico contra o São Paulo, nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Morumbis, no oitavo duelo do ano. O técnico disse que a preparação para o jogo contra o Mirassol foi péssima e tem o desejo de, enfim, comandar uma atividade tática com seus titulares.
– Faz muito tempo que não consigo dar um treino. Essa é a verdade. Um treino decente, com tempo, variações. Começou o campeonato com dois jogos por semana, um grupo novo, que está dando uma resposta muito boa, mesmo sem ter muito treinamento. A preparação para esse jogo não foi legal. Não fomos a campo na sexta por conta do atraso do voo. Depois estava preparado para fazer um tático no clube, mas com muitos torcedores acabamos não fazendo. A preparação não foi legal. Trago como aprendizado. Mas é um grupo muito consciente. Um vestiário muito triste, não pelo resultado, mas pelo rendimento. Sabemos que podemos render mais porque já fizemos isso em jogos anteriores. Então é bom que aconteça agora e sirva de lição para todo mundo para que não aconteça mais.
O técnico ainda falou sobre um dos pontos cruciais do jogo: não ter à disposição nenhum meia criativo. Sem Cazares e Giuliano, optou pela entrada de Nonato, que jogou todo o primeiro tempo, mas não conseguiu organizar o time e nem mostrar criatividade.
– Eu gosto do Nonato, desde o São Caetano eu acompanho esse atleta. Também acho que a falta de ritmo, fazia tempo que não jogava. Jogou boa parte contra o Corinthians. Acredito que com uma orientação melhor minha ele possa ser esse jogador, sim. Faltou uma orientação minha por a gente não conseguir trabalhar. Ficou muito na questão de vídeo. Eu não gosto disso. A gente vem pro jogo preocupado e acaba estourando. Eu acho que a gente poderia ter sido melhor se nos tivéssemos nos preparado melhor. Confio bastante no Nonato e em todos. É um início. Tenho certeza que a resposta será bem melhor – encerrou o técnico.
O Santos terá dois dias de preparação antes de enfrentar o São Paulo: nesta segunda-feira, o elenco se reapresenta no CT Rei Pelé e na terça deve fazer um treino tático para definir a equipe titular.
