Informações de Bento vê cobiça de clubes crescer após jogar pela Seleção e fala em
Bento vê cobiça de clubes crescer após jogar pela Seleção e fala em
No dia em que completa 25 anos, goleiro reforça sonho de jogar no exterior e analisa disputa com Alisson pela titularidade na meta brasileira
Titular nos amistosos do Brasil contra Inglaterra e Espanha, em março, e convocado para a disputa da Copa América, o goleiro Bento admite que passou a receber maior cobiça de clubes do exterior após defender a Seleção.
Demonstrando sinceridade, o jogador do Athletico-PR reforçou o sonho de atuar no exterior e indicou que isso pode acontecer em breve.
– Aumentou o assédio. Impossível não mudar isso, principalmente pela boa imagem que eu deixei. Foram dois grandes amistosos, contra duas grandes seleções e a responsabilidade aumentou mais ainda no meu clube. Goleiro de Seleção tem que representar a altura. Espero seguir um grande trabalho, goleiro tem que manter a regularidade. A responsabilidade aumentou e estou gostando – disse o jogador, que faz 25 anos nesta segunda-feira.
– Para mim, o futebol europeu não digo que muito mais avançado, mas é diferente do futebol brasileiro e sul-americano de modo geral. Os melhores jogadores do mundo estão na Europa e isso quer dizer que lá é o melhor do mundo. Espero logo poder atuar em um palco europeu – completou.
Bento tem contrato com a equipe paranaense até dezembro de 2026, mas falou em tom de despedida do Furacão antes de se apresentar à Seleção.
O goleiro pode ganhar nova chance como titular em amistoso contra os Estados Unidos, quarta-feira, às 20h (de Brasília).
O técnico Dorival Júnior pretende dar chance a todos os convocados até o fim da primeira fase da Copa América e vai utilizar contra os Estados Unidos uma equipe totalmente diferente da que iniciou o duelo contra o México, no sábado. A presença de Bento em entrevista coletiva nesta segunda-feira reforçou a expectativa de que ele inicie a próxima partida.
– Disputar com o Alisson, um cara que sempre admirei e cresci vendo jogar, é muito gratificante, principalmente na Seleção. Se realmente eu tiver a oportunidade de jogar, espero ter o mesmo nível de partida que consegui apresentar nos dois últimos amistosos– afirmou o jogador.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Bento:
Planos para o futuro
– Tenho o sonho de jogar na Europa, todo jogador sonha. Se isso acontecer, vai ser de forma natural. Se chegar uma proposta, vou pensar com carinho no meu futuro. É jogando que você consegue estar na Seleção, e se eu for para a Europa espero continuar jogando e representando a Seleção.
Relação com Alisson
– Fico meio receoso de perguntar. É a segunda oportunidade que eu tenho de trabalhar com ele. Tenho um pouco de vergonha, não é todo dia que a gente vê um ídolo assim pertinho. Vou me soltando aos poucos, conversando aos poucos, já falamos sobre família também. E a experiência eu posso pegar no dia a dia, treinamentos. Posso perguntar, falar alguma coisa e aproveitar ao máximo esse momento. É um ídolo para mim, uso de espelho e espero trilhar os passos dele aqui na Seleção também.
Aniversário
– Comemorar o aniversário na Seleção é um presente. Realizo um sonho por estar aqui, disputar uma Copa América e fico feliz. Claro que você fica longe da família, mas no futebol é natural e o pessoal está bem acostumado. Aqui eu me senti acolhido. O Bento de 25 anos vai dar o melhor nos treinamentos, se condicionar da melhor forma e se isso vai me colocar como titular, é decisão do professor Dorival.
Dificuldades da Seleção na saída de bola
– O que ele sempre pede desde quando conheci é simplificar o máximo possível. Ali pertinho do gol, a torcida fica ansiosa porque se o goleiro perder a bola a chance de sofrer o gol é muito alta. O Dorival pede para simplificar ao máximo e isso ajuda bastante. Uma vez ou outra, temos que dar um passe mais arriscado e cada um vai tomar a melhor decisão no momento. Ninguém quer por em risco a meta brasileira. Tenho certeza que todo mundo vai dar o melhor para qualificar a saída de bola e melhorar o nosso jogo.
Racismo contra Vini Júnior
– É uma luta correta. Falaram para ele que era só para jogar futebol e não é isso. Todo mundo tem que brigar. Todos somos iguais, ninguém é diferente de ninguém, e o Vini está numa boa causa, boa briga, está certo e não pode deixar passar. Não podemos tampar os olhos quanto a isso. Fico feliz pela decisão que teve. Talvez não foram todos punidos, mas já é um bom inicio. Tenho certeza que da próxima vez o pessoal vai pensar duas vezes antes de cometer o ato de racismo, que não é nem um pouco tolerável. Me solidarizo ao Vini. A briga não é fácil. Ele já está conseguindo e vai conseguir mais ainda.
Partida contra os EUA
– Quando se trata de Brasil, sempre vai ser favorito. Vai ser um jogo importante para preparação para a Copa América. Vamos corrigir os erros que cometemos e seguir fazendo o que acertamos. Provavelmente, o time vai ser diferente, mas com o mesmo padrão e intensidade.
Jogar com os pés
– Já vem de muitos anos esse trabalho específico com os goleiros. O futebol mudou, evoluiu e toda equipe exige que o goleiro trabalhe com os pés. No Athletico não é diferente, Manchester City é um exemplo, Liverpool, o Rafael também joga assim no São Paulo. Aqui, fazemos um trabalho integrado do Dorival e do Taffarel para atividades específicas.