Informações de Apresentado no Palmeiras, Bruno Rodrigues relembra infância difícil: "Poderia estar em um caixão"
Apresentado no Palmeiras, Bruno Rodrigues relembra infância difícil: "Poderia estar em um caixão"
Atacante recebeu a camisa das mãos da presidente Leila Pereira e contou como foi o período em que conviveu com Breno Lopes, no Joinville, em 2017, além de seu início de vida
Bruno Rodrigues foi apresentado pelo Palmeiras na tarde desta sexta-feira e recebeu a camisa 11 das mãos da presidente Leila Pereira. Ele deu detalhes sobre as dificuldades na carreira até chegar ao Verdão e disse que poderia "estar em um caixão" pelo que viveu na infância.
– Passa um filme na minha cabeça por tudo que eu vivi. Só gratidão e é o mínimo que posso fazer. Se eu puder, vou fazer pelas pessoas que se doaram por mim, sabia que eu tinha potencial. Às vezes eu não queria jogar mais futebol, e o Leandro (Nobre, um dos empresários dele) ali no meu pé. Minha história de vida é complicada, e tudo que estou vivendo aqui hoje eu tenho que agradecer ele. A Deus e minhas pernas também – disse.
– Se ele (Leandro) não estivesse aqui, eu talvez estaria num caixão, porque era um garoto de favela. Não sei o que seria de mim. Agradecer minha mãe e pai pelos conselhos. Quando você é jovem acha que é dono da razão, mas não é assim. Tenho que agradecer a Deus por tudo que estou vivendo. E essa oportunidade no Palmeiras vou agarrar como se fosse a última da minha vida.
Bruno se definiu como um jogador "humilde e trabalhador" e encontrou na Academia de Futebol alguns ex-companheiros, como Breno Lopes. Os dois fizeram dupla de ataque no Joinville, em 2017, e o reforço palmeirense contou um pouco das dificuldades neste período.
– O Breninho me recebeu superbem. A gente foi companheiro de quarto no Joinville. E ele é merecedor de tudo que construiu aqui. Quando ele fez o gol do título na Libertadores fiquei muito feliz, porque eu estive com ele la e vi o que ele passou – contou.
– Feliz pelo que ele vive no Palmeiras e agora eu tenho a oportunidade de construir uma história com ele aqui no clube. A gente dormia às vezes sem luz, fazia merenda, a quentinha, então a gente sabe o que passou no Joinville – acrescentou.
Um dos três reforços do clube para a temporada de 2024, o atacante foi definido por Leila como um atleta "versátil, com características apreciadas pela comissão técnica". Ele rasgou elogios ao futuro chefe, com quem ainda não teve contato, já que Abel se apresenta apenas na próxima segunda.
– Estou muito feliz mesmo de ter vindo para o Palmeiras, não tive contato com o Abel. Mas ele sabe minhas características, onde posso ajudar. Estou aqui para ajudar o Palmeiras e ganhar títulos – declarou.
– A responsabilidade (de ser comandado por Abel) é muita. Para mim ele é o melhor do Brasil e vem demonstrando a cada ano que passa, e é a responsabilidade de fazer o que ele pedir em campo – acrescentou.
Bruno Rodrigues é visto como um jogador que pode atuar tanto como ponta esquerda quanto centroavante. Ele chegou ao Verdão depois de dois anos de destaque no Cruzeiro, sendo que em 2023 terminou com 12 gols e sete assistências.
Disputado por outros times do futebol brasileiro, ele assinou com o Palmeiras até dezembro de 2028. O Verdão desembolsou cerca de R$ 25 milhões para contratá-lo.
Veja outras respostas de Bruno Rodrigues
Por que escolheu o Palmeiras:
– Muito feliz pela minha vinda aqui. Quando teve o contato do Palmeiras, tinha vários clubes. Quando o Palmeiras veio não pensei duas vezes pela grandeza, os títulos que vem ganhando. Estou feliz pela decisão e quero me adaptar o quanto antes.
Como é fora de campo:
– Acho que na minha vida sou um menino tranquilo. Sou trabalhador, é o trabalho que vem evoluindo. Sou competitivo, gosto disso e por isso a cada ano vou evoluindo, e aqui no Palmeiras espero que não seja diferente.
O que deu errado no São Paulo:
– Acho que foi a oportunidade que não tive de mostrar no São Paulo. Agradeço aos estafes, mas é virar a página, agora estou no maior campeão do Brasil.
Por que escolheu o Palmeiras:
– O Palmeiras é um grande clube, o projeto que o clube nos ofereceu e isso facilita. Eu acho que tomei a melhor decisão da minha vida.
Supercopa contra o São Paulo:
– Estou me preparando para essa primeira final em fevereiro, me adaptando, conhecendo os companheiros que me receberam bem. Com certeza vai ter um gostinho a mais.
Ambição no Palmeiras:
– Ambição que eu chego é ganhar títulos. Todos têm história aqui e eu vou buscar minha história. Me receberam tão bem que nem parece que ganharam tanta coisa assim. Por isso é um grupo que ganha onde passa.
Disputar pênaltis com Veiga?
– Veiga para mim é um dos melhores batedores de pênalti do Brasil, mas se o Abel precisar eu posso bater, sim.
Relação com a torcida
– Quando fui anunciado recebi muita mensagem. Já joguei contra e sei como é. Graças a Deus não vou jogar mais contra. Não vejo a hora disso acontecer, estou muito feliz de vestir essa camisa e estou muito honrado.