Informações de Alto custo e forma física: entenda por que o Santos cogita negociar Patrick após menos de dois meses
Alto custo e forma física: entenda por que o Santos cogita negociar Patrick após menos de dois meses
Meia-atacante foi apresentado como reforço no fim de abril, mas até aqui não conseguiu render o que a diretoria esperava; presidente do Peixe dá prazo para jogador mostrar serviço
Patrick foi um dos principais reforços do Santos para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, mas a trajetória do jogador no clube pode ser abreviada por baixo rendimento. Foi que deixou claro o presidente do Peixe, Marcelo Teixeira. E o tempo de reação dado ao meia-atacante é curto.
Com nove partidas disputadas nesta temporada e pouco mais de 300 minutos em campo, Patrick terá até a janela do meio do ano, que será aberta no dia 10 de julho, para mostrar serviço. Do contrário vai entrar numa lista de jogadores a serem negociados pelo clube.
Mas por que Patrick está nessa lista menos de dois meses depois de ser apresentado no clube? O que aconteceu em tão pouco tempo para que o jogador perdesse a confiança da diretoria e da comissão técnica? O ge tenta explicar abaixo:
Alto custo
Vice-campeão paulista, o Santos reconstruiu o elenco com base em negociações baratas e jogadores adequados à política de redução salarial para o estadual. Patrick, por sua vez, chegou num cenário um pouco diferente: o Peixe terá de pagar por sua compra e seus vencimentos não são baixos.
Com vínculo até o fim de 2026, o meia-atacante foi primeiro emprestado pelo Atlético-MG até o fim do ano, para depois ser obrigatoriamente comprado. O Peixe pagará em 12 parcelas de R$ 430 mil os 80% dos direitos econômicos adquiridos do Galo, de janeiro a dezembro de 2025.
Com problemas no fluxo de caixa, jogando a segunda divisão e precisando de resultados imediatos, o Peixe considera um problema o "pacote Patrick" sem render o esperado em campo.
Forma física
Patrick também não conseguiu entrar na forma física ideal desejada pelo Santos. O jogador está abaixo nessa questão em relação aos demais jogadores do elenco e sente demais as partidas. Na visão da comissão técnica, ele não tem, por exemplo, condições de atuar por 90 minutos.
Contratado em abril, ele não inspira confiança de que possa ter sequência no time e, neste momento, nem sequer briga por uma vaga entre os titulares.
– A confiança do Gallo e do Carille na questão da contratação do jogador é para que ele pudesse render. Vamos confiar para que possa acontecer. Se não acontecer, as medidas serão adotadas e tomadas até julho deste ano quando vamos poder dar oportunidades a esses atletas estarem em outros clubes, como também medidas mais diretas sejam adotadas de uma forma profissional do clube junto aos contratos desses jogadores – disse Marcelo Teixeira, à Bandeirantes.
Encaixe tático
O jogador também não tem uma posição de encaixe perfeito no sistema tático implementado por Fábio Carille no Santos. Não é, por exemplo, um ponta esquerda veloz, de profundidade e boa recomposição como Guilherme, um dos principais jogadores do elenco.
O próprio coordenador de futebol Alexandre Gallo admitiu que Patrick ainda não se encontrou.
– Nós contratamos ele pensando na Série A. Ele reduziu 30% do salário para vir jogar no Santos. Pelo que jogou no São Paulo, no Atlético-MG. O Guilherme tem mais a cara do Santos. O Patrick é outro tipo de atleta. A gente espera que ele possa performar. Pelos últimos jogos que vimos ele fazer no Atlético-MG, iria performar. A gente espera que ele possa melhorar – disse Gallo.