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A 100 dias das Paralimpíadas, Brasil mira melhor resultado da história
Presidente do CPB, Mizael Conrado diz acreditar em salto após ciclo de recordes no Parapan e em mundiais de esportes como atletismo e natação; país tentará superar 7º lugar de 2012 e 2020
Daqui a exatos 100 dias, o Brasil vai começar a disputar as Paralimpíadas de Paris com a meta de melhorar ainda mais o que já é excelência. Há quatro edições, a delegação brasileira se mantém no top 10 no quadro de medalhas. Nos Jogos da capital francesa, de 28 de agosto a 8 de setembro, o objetivo é superar a sétima posição geral, alcançada duas vezes, em Londres 2012 e Tóquio 2020.
- A gente vive um momento de consolidação. O Brasil, em 2008, na Paralimpíada de Pequim, entrou no grupo dos dez primeiros. Londres, Rio, Tóquio se manteve ali entre os dez. Eu acredito que, Paris, a gente vai dar um salto. Acredito que a gente vai dar um passo adiante, e realmente a expectativa é bastante positiva - diz o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, ao ge.
Bicampeão paralímpico no futebol de cegos, em Atenas 2004 e Pequim 2008, Mizael vivenciou, ainda como atleta, o crescimento do Brasil nos Jogos. À frente do CPB desde 2017, o dirigente é direto em relação ao estabelecido para Paris.
- A expectativa é fazer a melhor participação da história, realmente surpreender lá na Cidade Luz.
Brasil em Jogos Paralímpicos
A confiança do presidente do CPB se explica pelo desempenho brasileiro no ciclo até Paris. Em novembro do ano passado, o Brasil quebrou recordes no Parapan de Lima: mais medalhas e mais ouros que qualquer edição anterior. Foram 343 pódios e 156 ouros, superando a melhor marca anterior, 308 medalhas e 124 vitórias, em Lima 2019.
Campeonatos mundiais de modalidades que são carros-chefe, como atletismo e natação, servem também de parâmetro.
- O grande termômetro para os Jogos são os campeonatos mundiais. A gente, ano passado, já fez a melhor participação da história no atletismo, com a segunda colocação, superando os chineses no número de medalhas pela primeira vez na história com a equipe completa - diz Mizael.
Em Paris 2023, os brasileiros somaram 47 medalhas, das quais 14 de ouro. A China venceu a competição com 16 ouros (dois a mais que o Brasil), mas menos pódios (45). Até agora, em quatro dias em Kobe, na edição deste ano do Mundial de atletismo paralímpico - que seria em 2021 mas foi adiado em função da pandemia - são 12 ouros e 20 pódios. O Mundial de Kobe segue até o próximo sábado. O time verde-amarelo tem chance de quebrar o recorde de ouros numa edição, que são 16 em Lyon 2013.
- Na natação, (tivemos) uma grande participação, com 16 medalhas de ouro - afirma Mizael, citando o Mundial do ano passado, em Manchester, quase repetindo o recorde de 19 conquistas da edição de 2022, na Ilha da Madeira.
Nas Paralimpíadas, o desempenho também vem de recordes. Em Tóquio, o Brasil faturou 22 ouros, o máximo até hoje numa edição, e igualou o total de pódios que tinha alcançado no Rio, em 2016: 72.
- O trabalho foi intenso ao longo de todo o ciclo, mas, agora, faltando 100 dias, é contagem regressiva. A intensidade aumenta - diz Mizael. - Fase final onde não podemos errar, onde os atletas vão realizar a etapa final, etapa de polimento para que possam chegar a Paris no seu melhor. É o que certamente acontecerá. E o resultado será o melhor da história.