Informações de Brasil teve recorde histórico com exportações de café na safra 2024/25
Brasil teve recorde histórico com exportações de café na safra 2024/25
No período, o país exportou 45,59 milhões de sacas e a receita foi de USD 14,7 bilhões
Mesmo com queda no volume exportado, o Brasil bateu um novo recorde de receita com as exportações de café na safra 2024/2025. O setor movimentou US$ 14,7 bilhões, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O valor representa um crescimento de 49,5% em relação ao recorde anterior, de US$ 9,8 bilhões, registrado na safra 2021/2022.
O desempenho foi impulsionado pelos preços elevados da commodity no mercado internacional, reflexo de quebras de safra em países concorrentes, como Vietnã, Colômbia e Indonésia. Ao todo, o Brasil exportou 45,59 milhões de sacas de 60 kg, o que representa uma leve retração de 3,9% frente ao ciclo anterior. A valorização dos preços, no entanto, garantiu o salto expressivo na receita cambial.
Em junho, mês que fechou a temporada, o Brasil embarcou 2,61 milhões de sacas de café, uma queda de 27,9% na comparação com o mesmo mês de 2024. Apesar disso, a receita no período cresceu 19,6% e chegou a US$ 1,03 bilhão, sustentada por um aumento de 65,8% no preço médio da saca, que atingiu US$ 395,32.
Os Estados Unidos permaneceram como principal destino do café brasileiro, com a compra de 7,47 milhões de sacas no acumulado da safra. Alemanha, Itália, Japão e Bélgica também se mantêm entre os maiores compradores.
Outro destaque foi a expansão dos cafés diferenciados, que somaram 8,91 milhões de sacas exportadas e geraram uma receita de US$ 3,29 bilhões — crescimento de 63,2% frente ao ciclo anterior. Os Estados Unidos também lideram a lista de importadores desses cafés com maior valor agregado.
Para o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, o resultado histórico reforça a força do café na pauta exportadora nacional e demonstra a capacidade de adaptação da cadeia produtiva frente aos desafios logísticos e climáticos.
“A receita recorde mostra a competitividade e a relevância do Brasil no mercado global de café, mesmo diante de um cenário externo adverso”, afirmou.