Informações de Agroindústria do cacau estima prejuízo de R$ 190 milhões com tarifas americanas
Agroindústria do cacau estima prejuízo de R$ 190 milhões com tarifas americanas
Brasil importa cacau, mas exporta derivados como a manteiga de cacau para os Estados Unidos
A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) estima que as tarifas americanas impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros possam gerar um prejuízo de US$ 36 milhões para o setor, em torno de R$ 199,5 milhões. Isso porque o Brasil apesar de importar cacau para atender a demanda, exporta produtos agregados derivados do cacau como a manteiga de cacau.
Brasil exporta produtos derivados de cacau para os Estados Unidos
Seagri/SP
A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) estima que as tarifas americanas impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros possam gerar um prejuízo de US$ 36 milhões para o setor, em torno de R$ 199,5 milhões. Isso porque o Brasil apesar de importar cacau para atender a demanda, exporta produtos agregados derivados do cacau como a manteiga de cacau.
De acordo com a instituição, empresários e representantes do setor continuam buscando alternativas para negociar com os Estados Unidos uma possível inclusão do cacau e produtos derivados na lista de exceções.
O mercado americano é o segundo principal destino de derivados de cacau produzidos no Brasil e responde por 18% dos embarques. No caso da manteiga de cacau, o percentual é de quase 100%.
Os EUA aparecem em segundo lugar na lista dos países que mais exportam cacau e seus derivados do Brasil, respondendo por 18% dos embarques. No caso da manteiga de cacau, esse percentual é de quase 100%. Em 2024, de acordo com a AIPC, as exportações de derivados de cacau brasileiras somaram US$ 72,7 milhões, e entre janeiro e junho deste ano, a receita foi de US$ 64,8 milhões.
De acordo com a associação, “sem a possibilidade de escoamento, as empresas ficam impossibilitadas de manter a produção em pleno funcionamento, o que amplia significativamente a ociosidade industrial e compromete empregos e investimentos nas regiões produtoras, especialmente na Bahia, no Pará e em São Paulo. A imposição da tarifa também compromete a operação de exportação no âmbito do regime de drawback, que permite a importação de insumos com suspensão de tributos, desde que sejam utilizados para a produção de itens destinados à exportação”, informa a nota da AIPC.